Esta primavera, enquanto ataques de alto calibre no setor público revigoram o movimento do trabalho* à nível nacional, estudantes, em conjunto com os sindicatos de trabalhadores, estão na linha de frente, começando com a incrível ocupação do prédio da Assembléia Legislativa de Wisconsin. No dia 4 de abril, milhares de estudantes se juntaram em apoio aos direitos do trabalhadores, como parte de um dia nacional de mobilização, e no dia seguinte, nós ajudamos a sediar uma aula dentro da ocupação sobre a ganância corporativa com Cornel West e Frances Fox Piven. Agora, ativistas da USAS**, dentro de suas próprias universidades, levaram a luta além, correndo o risco de prisão para se levantar à favor dos trabalhadores. Apenas nos últimos seis dias letivos, estudantes executaram cinco ocupações nas salas dos presidentes das universidades para demandar que os administradores com salários de seis dígitos finalmente ouçam às vozes dos estudantes e trabalhadores.
Até agora, essas ocupações foram um sucesso incrível, aglutinando apoio do campus e da comunidade e chamando atenção da mídia nacional para os problemas dos estudantes e trabalhadores. Fique ligado, pois muito mais está por vir no ápice da mobilização para Resgatar Nossa Economia*** nesta primavera! Segue um breve resumo do que já aconteceu:
No dia 21 de abril, ativistas da USAS em duas universidades no sudeste simultaneamente ocuparam a sala do presidente de suas faculdades para demandar justiça para os trabalhadores de seus campi. Na Emory University em Atlanta, estudantes protagonizaram uma ocupação de 7 horas após 100 estudantes protestarem com o sobrinho de Martin Luther King, Isaac Faris Jr. e o Senador do estado Vincent Fort, para persuadir o Presidente James Wagner a encerrar o contrato milionário com a gigante dos alimentos Sodexo, exposta por violar os direitos humanos em escala global. Usando o Skype, os ativistas de Emory fizeram uma teleconferência com outros membros da USAS no College of William and Mary, da Virgínia, diretamente do escritório ocupado do Presidente Taylor Revely, onde estudantes buscavam a resolução de uma campanha de dez anos dos trabalhadores do campus por "living wages"****. O grupo de William and Mary foi preso após a meia-noite, enquanto a ocupação em Emory University expandiu para uma crescente "cidade de tendas" do lado de fora do prédio da administração até 7 estudantes serem presos ontem. No dia seguinte em New Orleans, 21 estudantes na Tulane University tomaram o escritório do Presidente Scott Cowen, cantando e entoando para demandar a expulsão da Sodexo e a proteção dos direitos dos trabalhadores do campus, saindo três horas depois após ameaças de medidas disciplinares e da presença da polícia.
Terça-feira, a mobilização voltou a Madison, onde 70 estudantes ocuparam o escritório do Chanceler Biddy Martin, da Universidade de Wisconsin para protestar contra o avanço de um esquema de privatização que levaria à um aumento abusivo de mensalidades e à terceirização de bons "union jobs"***** no campus. E neste momento, 20 estudantes pernoitam na ocupação do prédio da Universidade de Rutgers, do presidente Dick McCormick para cessar o aumento disparado das mensalidades, para apoiar os trabalhadores do campus e para acabar com o acordo com a "Fair Labor" Association, dominada pela Nike. Veja a página do USAS no Facebook para atualizações constantes!
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Notas do tradutor:
*: "Labor movement".
**: USAS é a abreviação de United Students against Sweatshops. Sobre a USAS ("Informações Gerais", retiradas do Facebook): "United Students Against Sweatshops is a grassroots, youth run, student labor organization. We have approximately 200 affiliated high schools, colleges, and universities, and contacts on over 400 campuses." (Estudantes Unidos contra as Fábricas com Péssimas Condições de Trabalho (numa tradução direta. Talvez caiba "contra o Trabalho Escravizante") é uma organização de base, gerida pela juventude, de cunho trabalhista-estudantil. Temos aproximadamente 200 colégios, faculdades e universidades afiliados, e contatos em mais de 400 campi.)
***: "Take Back our Economy".
****: Diretamente "salário de vida". O cálculo segue um método parecido com o utilizado pelo DIEESE: um salário mínimo real, estabelecido com critérios amplos, de acordo com cada região e estilo de vida. Resulta num valor bem acima do salário mínimo estabelecido pela lei.
*****: Diretamente "postos de trabalho com sindicato". Talvez caiba "efetivos".
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